quarta-feira, 12 de novembro de 2008

“A tortura no país deixou de existir para os presos políticos, mas para os presos comuns, ela continua”, declara Lúcio França.

No dia 27 de outubro de 2008 foi realizada a entrega do 30º Prêmio jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, no Tuca, PUC de São Paulo.
Para o representante da Comissão dos Direitos Humanos, Lúcio França, umas das principais conquistas nos 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos, foi a carta da ONU (Organização das Nações Unidas) e os Tratados Internacionais, que foram contra a tortura e a discriminação. “O Vladimir Herzog morreu por defender aquilo que a gente está defendendo hoje”, declara Lúcio França.

Lúcio faz lembrar que os direitos humanos é contra a impunidade, mas defende a integridade física do cidadão: “O acusado tem que cumprir uma pena com dignidade. Não pode ser espancado e nem torturado, porque a tortura no país deixou de existir para os presos políticos, mas presos comuns, ela continua”.

França diz que o Brasil ainda sofre com muita injustiça social, discriminação de gêneros. Afirma que as organizações não governamentais poderiam se unir mais e, também, é preciso investir mais no direito à educação e à vida.“Quando você vê uma pessoa que não tem onde morar, ou plantar... a terra está desabitada há anos e ela é expulsa... é uma luta! É o poder dos latifundiários sobre os oprimidos”. De acordo com o representante da Comissão de Direitos Humanos, todos deveriam ter o acesso a uma universidade pública e ter boas condições de moradia.

Lúcio França finaliza seu depoimento, explicando como era vista no passado a questão dos direitos do Homem: “Antigamente, os direitos humanos eram considerados uma ameaça à segurança nacional e os oposicionistas ao regime militar eram presos, torturados e mortos. Hoje há outra visão sobre isso, mas a luta é constante, não morre aqui”.

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