No dia 27 de outubro de 2008 foi realizada a entrega do 30º Prêmio jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, no Tuca, PUC de São Paulo.
Para o representante da Comissão dos Direitos Humanos, Lúcio França, umas das principais conquistas nos 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos, foi a carta da ONU (Organização das Nações Unidas) e os Tratados Internacionais, que foram contra a tortura e a discriminação. “O Vladimir Herzog morreu por defender aquilo que a gente está defendendo hoje”, declara Lúcio França.
Lúcio faz lembrar que os direitos humanos é contra a impunidade, mas defende a integridade física do cidadão: “O acusado tem que cumprir uma pena com dignidade. Não pode ser espancado e nem torturado, porque a tortura no país deixou de existir para os presos políticos, mas presos comuns, ela continua”.
França diz que o Brasil ainda sofre com muita injustiça social, discriminação de gêneros. Afirma que as organizações não governamentais poderiam se unir mais e, também, é preciso investir mais no direito à educação e à vida.“Quando você vê uma pessoa que não tem onde morar, ou plantar... a terra está desabitada há anos e ela é expulsa... é uma luta! É o poder dos latifundiários sobre os oprimidos”. De acordo com o representante da Comissão de Direitos Humanos, todos deveriam ter o acesso a uma universidade pública e ter boas condições de moradia.
Lúcio França finaliza seu depoimento, explicando como era vista no passado a questão dos direitos do Homem: “Antigamente, os direitos humanos eram considerados uma ameaça à segurança nacional e os oposicionistas ao regime militar eram presos, torturados e mortos. Hoje há outra visão sobre isso, mas a luta é constante, não morre aqui”.
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