Rudinaldo Gonçalves formou-se na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), em Jornalismo, e em Economia na Faculdade de Economia, Finanças e Administração de São Paulo (Fefasp) e trabalha atualmente como assessor de imprensa na ÍCONE Comunicação e Notícias
Qual a sua opinião a respeito da exigência do diploma em jornalismo?
É fundamental para o correto exercício da profissão de jornalista, isto porque essa profissional precisa de qualificação técnica (domínio da Comunicação), cultural (introdução à Filosofia, Sociologia, Economia, Direito etc..) e ética (responsabilidade e compromisso com a sociedade na transmissão da informação), adquirida durante a formação superior em jornalismo. Diferentemente do que os empresários (donos dos veículos de comunicação) defendem, os jornalistas não podem estar subordinados apenas aos interesses do dono do negócio. Devido às características de atividade social e fim público, o jornalismo deve atender às expectativas da população em geral e não a segmentos da sociedade que possam se beneficiar do interesse particular dos empresários da comunicação. O equilíbrio e isenção para o exercício da profissão passa pelo respeito ao profissional.
O Sr acredita que seja necessário um órgão como a OAB para os jornalistas ?
Sim. Hoje, a regulamentação profissional do jornalista é muito desrespeitada tanto no que se refere às relações trabalhistas, como na questão profissional. Na questão profissional, não temos uma entidade de classe nos moldes das autarquias (independentes do governo) como os conselhos federais e regionais de economistas, médicos, advogados (OAB), engenheiros etc, que garantiriam a qualidade do serviço a ser prestado à sociedade, com fiscalização e punição tanto ao profissional e à empresa que desrespeitarem a regulamentação profissional.
As questões relacionadas ao trabalho (salário e cláusulas sociais, como auxílio creche, descanso semanal remunerado, horário de trabalho, segurança etc.) estão sob a responsabilidade dos Sindicatos que hoje podem apenas denunciar as irregularidades constatadas ao Ministério do Emprego e Trabalho, um órgão político do governo.
Caso houvesse a exigência do diploma, a qualidade de nossa imprensa melhoraria ou este fator não é relevante?
Primeiramente, a exigência, sob o aspecto de qualificação profissional, embora contestada na Justiça pelas empresas de comunicação, continua existindo. É relevante, sim. Veja, desde a regulamentação da nossa profissão, em 1969, com a exigência do diploma em jornalismo, entre outros aspectos, houve uma profunda melhoria na produção da informação, sejam nos aspectos éticos, técnicos ou culturais daqueles que exercem a profissão.
Em sua opinião, o sensacionalismo é uma tendência mercadológica inevitável ou podemos viver sem ele?
O sensacionalismo atende à necessidade de aumento na audiência das empresas de comunicação, em desrespeito às expectativas da sociedade por informação com qualidade. Este é um bom exemplo das práticas das empresas na busca da ampliação irresponsável dos seus lucros e em desrespeito à nossa regulamentação profissional.
Qual a sua opinião a respeito da exigência do diploma em jornalismo?
É fundamental para o correto exercício da profissão de jornalista, isto porque essa profissional precisa de qualificação técnica (domínio da Comunicação), cultural (introdução à Filosofia, Sociologia, Economia, Direito etc..) e ética (responsabilidade e compromisso com a sociedade na transmissão da informação), adquirida durante a formação superior em jornalismo. Diferentemente do que os empresários (donos dos veículos de comunicação) defendem, os jornalistas não podem estar subordinados apenas aos interesses do dono do negócio. Devido às características de atividade social e fim público, o jornalismo deve atender às expectativas da população em geral e não a segmentos da sociedade que possam se beneficiar do interesse particular dos empresários da comunicação. O equilíbrio e isenção para o exercício da profissão passa pelo respeito ao profissional.
O Sr acredita que seja necessário um órgão como a OAB para os jornalistas ?
Sim. Hoje, a regulamentação profissional do jornalista é muito desrespeitada tanto no que se refere às relações trabalhistas, como na questão profissional. Na questão profissional, não temos uma entidade de classe nos moldes das autarquias (independentes do governo) como os conselhos federais e regionais de economistas, médicos, advogados (OAB), engenheiros etc, que garantiriam a qualidade do serviço a ser prestado à sociedade, com fiscalização e punição tanto ao profissional e à empresa que desrespeitarem a regulamentação profissional.
As questões relacionadas ao trabalho (salário e cláusulas sociais, como auxílio creche, descanso semanal remunerado, horário de trabalho, segurança etc.) estão sob a responsabilidade dos Sindicatos que hoje podem apenas denunciar as irregularidades constatadas ao Ministério do Emprego e Trabalho, um órgão político do governo.
Caso houvesse a exigência do diploma, a qualidade de nossa imprensa melhoraria ou este fator não é relevante?
Primeiramente, a exigência, sob o aspecto de qualificação profissional, embora contestada na Justiça pelas empresas de comunicação, continua existindo. É relevante, sim. Veja, desde a regulamentação da nossa profissão, em 1969, com a exigência do diploma em jornalismo, entre outros aspectos, houve uma profunda melhoria na produção da informação, sejam nos aspectos éticos, técnicos ou culturais daqueles que exercem a profissão.
Em sua opinião, o sensacionalismo é uma tendência mercadológica inevitável ou podemos viver sem ele?
O sensacionalismo atende à necessidade de aumento na audiência das empresas de comunicação, em desrespeito às expectativas da sociedade por informação com qualidade. Este é um bom exemplo das práticas das empresas na busca da ampliação irresponsável dos seus lucros e em desrespeito à nossa regulamentação profissional.
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