quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Amaral Netto, o repórter da ditadura









Fidelis dos Santos Amaral Netto, jornalista e deputado federal, conhecido do grande público durante a década de 70 pelo programa na Rede Globo, "Amaral Netto, o Repórter". Com equipamento sofisticado para a época, alcançava as mais longínquas regiões do país e divulgava as obras do regime militar.
Na vida política, Amaral Netto elegeu-se como deputado no Rio de Janeiro para oito mandatos com uma única plataforma – instituir a pena de morte. Ele apresentou uma emenda constitucional que propunha um plebiscito para implantar a pena de morte para seqüestradores, ladrões e estupradores que assassinassem suas vítimas. O plebiscito, um instrumento mais direto de consulta popular, foi rejeitado pelos que se afirmavam democratas e contrários à pena capital. A ofensiva contrária revelou uma realidade pouco admitida por seus desafetos: a pena de morte teria grande chance de ser aprovada se fosse submetida a um plebiscito popular. Líder do antigo PDS na Constituinte, Amaral Netto foi um dos mais barulhentos porta-vozes da direita e defendia os governos militares com ardor.
Membro do MDB em 1967, Amaral Netto, atuava em dobradinha com Mario Covas, de quem veio a ser o maior adversário, na década de 1980. Amaral faleceu aos 74 anos, em 17 de outubro de 1995.

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