O 30º Prêmio Vladimir Hezorg foi uma forma de prestigiar os veteranos e novatos do Jornalismo no Brasil. Estavam presentes diferentes talentos, em mídias diversificadas, respeitando o conjunto da categoria e seu trabalho em defesa dos direitos humanos.
Sem dúvida, os premiados e os que ganharam menção honrosa têm algo em comum: o jornalismo sério e dinâmico, um jornalismo que se adapta às novas necessidades, em defesa dos direitos humanos, e tem um olhar voltado para o futuro, com muitas barreiras quebradas e superadas.
Essa é a questão máxima de se ganhar um prêmio como esse: saber que seu trabalho é valorizado e reconhecido por aqueles que tão bem sabem do que é feito o jornalismo.
Em entrevista para a Agência Cidadão, Mário Magalhães, vencedor da categoria de melhor reportagem para jornal, mostra que o prêmio é importante e o futuro para os novos jornalistas é promissor e favorável.
Qual a importância do prêmio para o senhor e como foi a surpresa ao saber que foi premiado?
É uma honra receber um prêmio com o nome de Vladimir Herzog e o reconhecimento de que para o Jornalismo não cabe apenas relatar as perspectivas notáveis abertas para o país com o negócio do etanol, sem contar também que a riqueza gerada por esse empreendimento não é compartilhada com aqueles que dão a origem com o seu suor e com a cana que dão inicio a esse negócio.
Como você conseguiu fazer esse trabalho de reportagem dos trabalhadores da cana de açúcar? A reportagem demorou dois meses, foi feita em mais de 20 cidades no estado de São Paulo, e foi uma reportagem fundamentalmente apurada no campo, foi de pouca opinião, mas de muita informação, de fatos. É o trabalho de repórter ir pra rua, afinal o lugar dele é na rua, ver e contar.
E a biografia do guerrilheiro, Carlos Marighela?
Ainda não está pronta, estou escrevendo.
Mas como está sendo fazer esse trabalho?
É um trabalho fascinante. É a maior reportagem da minha vida, já são 5 anos de apuração.
Quanto tempo e quais foram as maiores dificuldades que você teve ao escrever o livro: “Reportagem do Narcotráfico”?
Foi condensar um espaço limitado com um conjunto fenomenal de informações, é muito difícil, então acho que jornalisticamente, essa foi a maior dificuldade que tive.
Como você avalia o seu trabalho de ombudsman da Folha de São Paulo?
Não posso avaliar, se eu falar corro o risco de ser injusto e se falar bem vou estar “puxando sardinha” pro meu lado...
Mas como o senhor vê esse trabalho?
É um trabalho importante e é uma contribuição importante que Folha deu ao jornalismo brasileiro ao introduzir, em 1989, a figura do Ombudsman.
E como o senhor vê o jornalismo de hoje?
O jornalismo tem muitas qualidades e defeitos... A gente poderia virar noites conversando sobre isso, mas vejo muito futuro para os novos jornalistas e muita prosperidade também para o jornalismo.
E falando de sua perspectiva futura do jornalismo, Mário Magalhães encerra sua entrevista, assim como a noite terminou em festa no TUCA, com esse importante premiação do jornalismo brasileiro.
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