"Tenho muito carinho pela história, pela seriedade e pela ausência de “frufru” deste premio".
Assim Carlos Dorneles define o orgulho que sente ao ser premiado na categoria Livro-Reportagem.
Bar-Bodega é um livro que desmistifica e revela o verdadeiro poder da imprensa.
Com elegância Dorneles fala sobre Direitos Humanos, Imprensa e Sociedade.
Qual a importância de Premio Vladimir Herzog para sua carreira?
Existem tantos prêmios para jornalistas ultimamente, né! Eu acho tão sacal todos eles, mas tenho um profundo respeito pelo premio Herzog, carinho muito grande pela história que envolve o premio, pela seriedade pele ausência de “frufru”, sempre tive muito carinho e orgulho de te-lo ganho, acho que é diferente dos outros.
Após 30 anos, o que podemos comemorar sobre os avanços dos Direitos Humanos? Ah! Temos que comemorar muito, e, muito pouco ao mesmo tempo, muita coisa mudou. Nós avançamos. Mudou muito em termo dos direitos humanos, para as elites principalmente, para quem é pobre não mudou muito não, talvez tenha até piorado, e infelizmente nós como jornalistas temos nos tornado porta voz de uma classe social só, que é a que está em cima. Então, parece que esse tema direitos humanos chega a se transformar em um tema menor hoje para imprensa, para mídia.
Delegacias de São Paulo, do Brasil, os presídios do Brasil, o jeito que se faz justiça no Brasil, certamente, não pode comemorar os direitos humanos, apesar de ter avançado muito em alguns estados da população, não para todos.
O Senhor considera a impressa brasileira elitista?
Totalmente, não só brasileira, mas mundial, nós construímos uma mídia sobre o alicerce do elitismo. Nós somos, hoje, porta vozes de uma classe social só, nós vemos o mundo através dessa classe social, infelizmente.
O Premio Vladimir Herzog ajuda a mudar essa “parte” da imprensa brasileira?
Existem tantos prêmios para jornalistas ultimamente, né! Eu acho tão sacal todos eles, mas tenho um profundo respeito pelo premio Herzog, carinho muito grande pela história que envolve o premio, pela seriedade pele ausência de “frufru”, sempre tive muito carinho e orgulho de te-lo ganho, acho que é diferente dos outros.
Após 30 anos, o que podemos comemorar sobre os avanços dos Direitos Humanos? Ah! Temos que comemorar muito, e, muito pouco ao mesmo tempo, muita coisa mudou. Nós avançamos. Mudou muito em termo dos direitos humanos, para as elites principalmente, para quem é pobre não mudou muito não, talvez tenha até piorado, e infelizmente nós como jornalistas temos nos tornado porta voz de uma classe social só, que é a que está em cima. Então, parece que esse tema direitos humanos chega a se transformar em um tema menor hoje para imprensa, para mídia.
Delegacias de São Paulo, do Brasil, os presídios do Brasil, o jeito que se faz justiça no Brasil, certamente, não pode comemorar os direitos humanos, apesar de ter avançado muito em alguns estados da população, não para todos.
O Senhor considera a impressa brasileira elitista?
Totalmente, não só brasileira, mas mundial, nós construímos uma mídia sobre o alicerce do elitismo. Nós somos, hoje, porta vozes de uma classe social só, nós vemos o mundo através dessa classe social, infelizmente.
O Premio Vladimir Herzog ajuda a mudar essa “parte” da imprensa brasileira?
É uma trincheira, trincheira de resistência, de pessoas que vem pra cá falar desse assunto, pra criticar os rumos que a imprensa tomou. Eu acho que vai mudar pra melhor, porque pior não pode ficar não, e como a sociedade vai mudar, eu acredito que a imprensa mude também.
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