Foi um pouquinho antes da entrevista para TV UNICSUL, que Gilberto Nascimento demonstrou que não era apenas mais um jornalista. Super simpático e atencioso, elogiou nossa faculdade: Cruzeiro do Sul, pela iniciativa de colocar alunos para aprender na prática no Prêmio Vladimir Herzog. Foi então que contei meu segredo: era minha primeira entrevista e eu estava super nervosa! E foi assim conversando que descobri que Gilberto Nascimento já trabalhou com comunicação comunitária, e foi quando nos elogiou novamente, dizendo que a Unicsul promove muitos projetos voltados para a comunidade.
No prêmio, Gilberto levou Menção Honrosa juntamente com Rodrigo Martins, da revista Carta Capital, com o trabalho "Um torturador à solta". E foi assim que de repente eu era a pessoa mais calma do mundo e a entrevista fluiu sem problemas.
Sua reportagem levanta a questão de torturadores da época da ditadura, como o Delegado Gravina, acusado de ser um dos mais ferozes torturadores da época. Após a denúncia feita pela reportagem, Dirceu Gravina perdeu a fala. E com razão, assim como a família Teles (presente no prêmio) outras famílias movem processos em busca de Justiça á seus familiares, torturados e mortos.
O que nos faz penetrar em um assunto polêmico: Justiça X Anistia. Anistia, que dizer perdão geral. Será que depois de tanto tempo devemos esquecer todo esse período tenebroso da nossa história e seguir em frente, buscando não errar mais, ou fazer justiça e ter ex-torturadores presos? Países como a China adotaram a anistia um pouco depois de 1964, será que neste caso, foi uma situação imposta? Será que a anistia é um crime imprescritível?
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