sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O Interior invade a Cidade

Após uma semana chuvosa, o Festival de Cultura “Revelando São Paulo” encerrou sua 12º Edição com um dia ensolarado e parque lotado. O Parque da Água Branca localizado na, Av. Francisco Matarazzo, 455, recebeu neste ano, 210 municípios paulistas que apresentam atividades culturais, religiosas, artesanais, culinárias. Esse evento contou com o patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura e da Organização Social Cultural Abaçaí.
Esse festival ocorre uma vez por ano e, de acordo com o coordenador de visitas do festival, Aruã Menegace de Macedo, 25, que participa há 10 anos, essa é uma oportunidade única para conhecer culturas que parecem distantes, mas que, no entanto, continuam vivas em cidadezinhas do interior de São Paulo.
O público mais freqüente foram os estudantes organizados por educadores em excursões. Aruã explica que as crianças chegam totalmente despreparadas e sem um conhecimento básico das culturas que constituem São Paulo. “Sabemos que elas lidam muito bem com a tecnologia, computadores, MP3, etc., no entanto se sentem “inibidas” ao ver uma charrete, pois essa é uma realidade bem distante para elas.
“Por exemplo, temos um parquinho de diversões no centro do parque que não conseguimos retirar, porque quando as crianças chegam esse é o primeiro lugar que procuram”, explica Aruã.
Mas relata que se sente feliz em poder mostrá-las que isso não esta tão longe e sorri dizendo “que se quiserem andar de charrete, cavalo, mula é só ir visitar uma das muitas cidades que estão presentes no festival”.
As mulas e charretes foram grandes atrações, principalmente entre as crianças, as pessoas não estão acostumadas, mais se esquecem que em muitas cidades do interior esse continua sendo um dos principais meios de transporte.
O Festival de Cultura Tradicional foi um moinho de emoções que reuniu em média mil pessoas e trouxe, para algumas, antigas lembranças e, para outras, novas descobertas. Aguçando os sentidos, percebemos pelo tato o artesanato, pelo olfato o cheiro das coxias, pelo paladar as comidas, pela audição as músicas e, pela visão as diversidades culturais. E, principalmente, mostrando que a cultura continua viva em nossas cidadezinhas do interior.

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