sexta-feira, 3 de outubro de 2008

São João esquenta noite fria da paulicéia

O frio da sexta-feira ,19 de setembro, não intimidou o público para a apresentação da Noite de São João, em sua sétima edição do Festival Revelando São Paulo. Programado para começar às 19h, o evento se iniciou com vinte minutos de antecedência, apresentando duas quadrilhas da Lira dos Autos de Osasco. As crianças, timidamente, gritavam "De novo!", manifestando o interesse pelas danças.
A Quadrilha é uma dança de origem holandesa que teve seu apogeu na França, no século XVIII, e se tornou muito popular nos salões brasileiros da Corte por volta de 1840, depois caindo no gosto do povo. Comum nas festas juninas, representa, segundo antropólogos, o pensamento da sociedade daquela época: as pessoas, sem perceberem, caçoavam dos moradores das áreas rurais. Os noivos abrem a quadrilha, porque ela representa o grande baile do casamento, supostamente realizado. Instrumentos como sanfona, triângulo, zabumba, viola e violão acompanham a dança. O compositor Mario Zan fez a canção "Festa na Roça", uma das preferidas nas quadrilhas.
Houve ainda o cortejo de São João, no qual todas as quadrilhas presentes, além de carroças e carros de boi, percorreram as ruas escuras do parque e encerraram a procissão em frente ao palco, saudando uma grande imagem do santo, acompanhados do público. Na seqüência, mais quadrilhas se apresentaram, com destaque para a "Quadrilha da Melhor Idade".
Para Walter R. Somogyi, que acompanha o evento desde a década de 80, quando se chamava "Festa da Primavera", o Revelando São Paulo regata a cultura do Estado e, por ter como sede a capital, ganha mais importância. Somogyi lembra que as escolas poderiam promover atividades paralelas ao festival.

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