sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A primeira entrevista: Zuenir ensina humildade a veteranos e estudantes de jornalismo


Foto de Mariana Pimentel




Estava apreensiva e ansiosa, apesar de ter lido tanto sobre Zuenir Ventura. Custei a acreditar que era ele quem eu via na minha frente. Recuei um pouco, minhas mãos tremiam. Ele estava descendo as escadas quando ‘cutuquei’ seu ombro. Ventura se virou e olhou para mim. Minhas pernas começaram a tremer. Sorrindo, ele disse que falaria comigo. De tanta emoção, esqueci de falar meu nome, só disse que era aluna de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, da Agência Cidadão de Notícias.


Ele parou e ficou na minha frente. Peguei o gravador de voz e o papel com as perguntas, quase não consegui abrir o papel de tanto que tremia, pensei em me desculpar, mas não o fiz porque não deu para perceber. Zuenir tinha um olhar sereno e, atento, ouviu minha primeira pergunta: " O que esse prêmio especial da ONU representa para o senhor?" Me surpreendi, pois consegui dizer tudo sem gaguejar, em alto e bom som.

Imaginei que ele ficaria inibido com o gravador, mas aconteceu o contrário. Ele respondia olhando para meus olhos: "Representa muito. Estou muito orgulhoso de receber, porque, primeiro, ele foi concedido pelos colegas. Isso significa que a defesa dos direitos humanos deve ser uma obrigação, dever cívico, de todos os jornalistas. Por isso que, para mim, tem um valor simbólico muito grande".

Ele ganhou o Prêmio em 1989 (o ano que eu nasci), ele confirmou e falou um pouco de Vlado. Aproveitei o gancho: "Como era sua relação com Vladimir Herzog?"Visivelmente emocionado, ele respondeu: "Nós éramos amicíssimos, porque ele trabalhava numa revista em São Paulo e eu no Rio. De quinze em quinze dias, eu vinha para São Paulo e ficava na casa dele. Para mim, o prêmio teria um significado maior se ele estivesse vivo."

Depois de um pouco mais de um minuto fiquei mais tranqüila e fiz outra pergunta: "Como o senhor observa o jornalismo brasileiro hoje e aquele dos tempos da ditadura?"Rindo, ele respondeu: "Hoje, é muito melhor! Porque se tem mais liberdade. A liberdade absoluta não existe, mas, pelo menos, se tem a liberdade de noticiar tudo o que acontece; não existe nada nesse país que não seja noticiado por algum jornal, revista ou pela televisão".


Como tinha lido algumas opiniões de jornalistas sobre a questão da liberdade de imprensa, aproveitei e falei que alguns dizem que existe a "liberdade de empresa". Ventura deu uma resposta mais longa: "Claro. A "liberdade de empresa" é nossa liberdade profissional. Ela não é absoluta, você não pode chegar no jornal e escrever o que você quer, nem sempre é assim. Mas eu também nunca escrevi o que eu não quis, nunca fui obrigado. É uma coisa relativa. Temos que aprender que a sua liberdade termina quando começa a liberdade e o direito do outro. Não temos mais aquela censura inicial que tinha um censor dentro da redação".


Mandei a última pergunta: "Como foi o trabalho de pesquisa para a elaboração do livro '1968 – o ano que não terminou' "? Zuenir explicou: "Durante 10 meses eu não fazia outra coisa. Os anos de 87 e 88... eu confundo com 68 (risos). Li todos os jornais e revistas de 68. Foi legal! "


Um pouco sem graça ainda, eu terminei a breve entrevista: "Bom, então é isso!"Ele me beijou e deu um abraço. Quase o deixei no vácuo, quando ele deu o segundo beijo, pois em São Paulo costumamos dar só um e no Rio costumam dar dois. Ele deu risada e falou: "Vocês economizam muito!"


Esta foi a primeira entrevista que fiz e não poderia ter sido melhor e mais emocionante. Fiquei lisonjeada de poder ter visto e falado com um grande jornalista e escritor que sofreu na ditadura, foi preso, lutou e continua com muita esperança.



Foto de Bianca Custódia

mostra de cinema - visita aos bairros de São Paulo

O Centro Cultural São Paulo, na Vergueiro, no período de 31/10 a 09/11, em mostra de cinema, vai dar uma visão panorâmica da cidade por meio de filmes que contam a história de vinte e seis bairros paulistanos. A entrada é franca. Os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência. Abaixo, segue a relação de alguns filmes e respectivas sinopses:
. JABAQUARA - TERRA DOS CONTRASTES - O documentário mostra como a chegada do metrô transformou o local em um centro urbano de contrastes.
. PARTIDO MOOCA - o bairro mais antigo de São Paulo tornou-se palco da primeira greve de trabalhadores no Brasil.
. CAPELA DO SOCORRO - O BALNEÁRIO PAULISTA – a história contada a partir da construção da represa de Guarapiranga.
. CAPÃO REDONDO - SINTONIA DA QUEBRADA – O documentário vai abordar temas sobre direitos humanos, ditadura militar, mutirão de moradia, quilombos, hip hop e cordel.
.NA TRILHA DE SÃO MIGUEL – A história, sob um olhar poético, de três crianças que buscam conhecer o tradicional bairro em que vivem.
. HISTÓRIA DA PEDRA PEQUENA – o bairro Itaim Paulista, após os anos 1970, passa por um processo de reorganização popular.
.VILA MATILDE - ZONA LESTE SOMOS NÓS - o cineasta, com uma abordagem sentimental, relata a experiência de vida de parentes e amigos na comunidade.
.UMA CIDADE CHAMADA TIRADENTES – a partir de 1970, o governo adquire terras rurais, da Fazenda Santa Etelvina, para construir casas populares.
. BRÁS, SOTAQUES E DESMEMORIAS - história desenvolvida a partir do ponto de vista dos moradores do bairro.
.VILA PRUDENTE - fundada por italianos, habitada também por imigrantes do Leste europeu, o filme mostra o início industrial no bairro e a decadência das últimas décadas.
. LIBERDADE – Os japoneses, coreanos e chineses integram a cultura oriental no bairro, em chegaram para construir ou reconstruir suas vidas. . O BOM RETIRO É O MUNDO - o bairro, abrigo para estrangeiros, tornou-se um pólo econômico, na produção de artigos de vestuários.
. CAMPOS ELÍSEOS – o filme recupera a história do bairro decadente, mas que já teve um período áureo.
. A CIDADE QUE NASCE NA LUZ - O bairro torna-se um point para jovens da periferia.

. HIGIENÓPOLIS - UM RECORTE DO MUNDO - o bairro residencial resulta de um projeto urbanístico e paisagístico como composição da cidade de São Paulo.
. PERUS, O BAIRRO QUE CONSTRUIU O BRASIL - O bairro, protegido pela Mata Atlântica, tem clima de interior.
. DISTRITO BRASILÂNDIA E SUAS HISTÓRIAS -A Vila Brasilândia passou a ser distrito em 1964. Com 247 mil habitantes, o distrito não possui banco nem hospital.. TERMINAL PIRITUBA – alunos para contar a história da região, passam a freqüentar bibliotecas. Eles também fazem parte da história.


Os outros documentários são:
. FREGUESIA DO Ó, CENAS DE UM BAIRRO, HISTÓRIAS DE UMA CIDADE
. FELICIDADE EM CONSTRUÇÃO
. MEMÓRIAS DE UM BAIRRO - JARDIM SÃO PAULO
. MARIA E GUILHERME, HISTÓRIAS DE DUAS VIDAS
. PERDIZES, AS GLÓRIAS DA VÁRZEA
. BARRA FUNDA PEDE PASSAGEM

. VILA MADALENA, UMA HISTÓRIA E SEUS ATORES
.PACAEMBU, TERRAS ALAGADAS
Para conferir a programação completa, acesse:

http://www.centrocultural.sp.gov.br/programacao_cinema.asp

Fotografia de Hermínio Nunes denuncia a desumanização dos presídios

O fotógrafo Hermínio Nunes (terceiro na seqüência) é abraçado ao receber o prêmio



Em uma tarde cinzenta de 27 de outubro de 2008, tive que enfrentar a ameaça de chuva forte para ir a um lugar bem longe de minha casa: o teatro TUCA, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – USP, onde assistiria à cerimônia do 30º. Prêmio Vladimir Herzog. Mais do que isso, precisava também entrevistar um jornalista ou membro da Comissão de Direitos Humanos.

Na sexta-feira anterior, pesquisei sobre três possíveis entrevistados. Deveria conversar com apenas um, mas provavelmente perderia a entrevista se fizesse pesquisa e pauta somente de uma pessoa, que poderia vir a faltar. No início da cerimônia, minha preocupação aumentou: o chargista Raimundo Rucke Santos Souza, que recebeu menção honrosa na categoria Artes, não estava presente. Minutos depois, o fotógrafo Hermínio Nunes recebia seu prêmio também por menção honrosa. Memorizei a fisionomia (óculos, camisa verde por baixo do terno) e a cadeira em que se sentava no palco.

Entrei em desespero quando os jornalistas premiados começaram a sair do auditório, enquanto os apresentadores do evento anunciavam uma continuidade – o Prêmio Especial dos 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos. Gostaria de ter assistido por inteiro essa segunda parte, mas deixei o auditório, correndo atrás de Hermínio para entrevistá-lo. Por sorte, o fotógrafo se dirigia ao banheiro. Esperei, então, que ele saísse para abordá-lo e fazer a entrevista.

Hermínio foi o primeiro catarinense a receber o prêmio. O fotógrafo ficou assustado quando me aproximei, mas tentou ficar à vontade. Apesar da timidez, ele demonstra ser uma pessoa sensível e batalhadora, condizendo com o perfil do povo brasileiro.

O senhor ficou surpreso com esta menção honrosa? Como foi o trabalho de reportagem?
Fiquei surpreso, sim, a gente acredita no trabalho da gente, mas nunca espera uma menção honrosa tão importante, ainda mais num prêmio Vladimir Herzog. Havia acontecido uma situação de assassinato na penitenciária de São Pedro de Alcântara, grande Florianópolis, e logo após eles fizeram uma limpeza na penitenciária que se chamou Operação Pente Fino. E depois eu tive acesso, durante essa limpeza, e fiz essa foto.

Por que uma região tão desenvolvida como Santa Catarina ainda apresenta problemas de desrespeito aos direitos humanos nos presídios?
É uma dificuldade não só nos presídios e não só em Santa Catarina. Em todos os presídios do Brasil, a gente vai encontrar bastante desrespeito aos direitos humanos, não só nas penitenciárias como também em delegacias e outros lugares.

Em que outros jornais, revistas, o senhor atuou?
Eu já trabalhei muitos anos no jornal O Estado, de Santa Catarina, que hoje é do grupo RBS, atualmente Diário Catarinense, e fiz alguns thrillers para o Jornal do Brasil e alguns jornais de fora.

O que falta à população para que valorize mais os direitos humanos?
Eu acho que, olhar com outros olhos, de carinho e de amor, é isso que a gente precisa, dar um pouquinho da gente pra também contribuir.

Quais os maiores desafios de um fotógrafo nesta profissão?
A gente tem que se superar em tudo, tentar sempre mostrar aquilo que realmente é, procurar sempre, mostrando mesmo, de uma forma limpa, bonita, tudo aquilo que você consegue retransmitir e passar pro outro.


domingo, 26 de outubro de 2008

Circuito Túnel do Tempo.

Agora todo domingo às 10 horas é possível voltar no tempo. Não exatamente da forma como nós imaginávamos, mas por meio de um passeio pelo centro da cidade de São Paulo organizado pelo City Tour São Paulo você poderá conhecer mais do passado da capital paulista, passando por exemplo pelo Solar da Marquesa considerado hoje como o último exemplar de arquitetura residencial urbana do século XVIII.
Além do Bairro da Liberdade, Catedral da Sé, Pátio do Colégio, Teatro Municipal e outros pontos importantes do Centro Paulistano.
O guia desse Circuito Túnel do Tempo é ninguém menos do que o Padre Anchieta, conhecido principalmente por conta de sua poesia simples e didática que contribuiu para a formação da cultura brasileira, que juntamente com a Marquesa de Santos e o Maestro Carlos Gomes, são personagens famosos da história de São Paulo que acompanham a viagem aos lugares visitados e revivem momentos de suas vidas, com apresentações para os participantes tornando o passeio muito mais interessante e interativo. Uma experiência inesquecível!

Bar Brahma
Av. São João, 677 - República - Centro. Telefone: 5182-3974.Ingresso: R$ 17,50 (p/ crianças de quatro a dez anos) e R$ 35 (grátis p/ menores de três anos). Domingo as 10hrs
Duração: 180 minutosClassificação: Livre

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Memorial da Imigração revelando São Paulo: caras novas, novos vizinhos...

Andar pelo Museu da Imigração é percorrer dias sombrios e de esperança no passado de inúmeras famílias estrangeiras. Fugindo da segunda guerra mundial que assolava a Europa, milhares de refugiados procuravam o Brasil para um recomeço. São Paulo foi a cidade que mais abraçou essas pessoas batalhadoras, que buscavam somente uma oportunidade de um futuro melhor.
Uma história de perdas, sofrimento e lágrimas ficou no passado para milhares de pessoas que desembarcavam no porto de Santos (80km de São Paulo). Enfrentavam horas em uma locomotiva a vapor para chegar a capital paulista, mais precisamente na Hospedaria de Imigrante no bairro do Brás.
Em 6 de Abril de 1998, foi criado o Memorial do Imigrante, uma homenagem a todos os homens, mulheres, idosos e crianças que, dotados de muita esperança, determinação e trabalho transformaram e fizeram história em nosso país. O Memorial é composto pelo Museu da Imigração (que foi criado em 1993 e ocupa parte da antiga Hospedaria de Imigrantes), pelo Centro de Pesquisa e Documentação, pelo Núcleo Histórico dos Transportes e pelo Núcleo de Estudos e Tradições. Finalmente, em 1998, foi criada a Associação de Amigos do Memorial do Imigrante, uma entidade civil sem fins lucrativos, encarregada de organizar as atividades, eventos e exposições do local.
Pelo Museu do Imigrante passam visitantes da capital, de outras cidades e do mundo, que mal conseguem segurar a emoção de ver nomes de seus familiares no livro de desembarque. E olha que não é fácil encontrar um nome conhecido... é o momento mais emocionante, pois se encontra o começo da história de muitas famílias.
A Associação de Amigos do Memorial do Imigrante tem o objetivo de captar os recursos necessários para a montagem e desenvolvimento de exposições, além de ser responsável por conservar os objetos do Memorial. Uma associação voluntária, em que seus associados são os ajudantes e colaboradores. Segundo Elias Alves de Araújo, um dos responsáveis pela entidade, qualquer pessoa pode ser um associado e hoje conta com 250 colaboradores.
Para ser um associado, deve-se preencher uma ficha com dados pessoais, adquirida no próprio museu, e, depois, é preciso seguir as normas estabelecidas e contribuir anualmente com R$60,00 ou semestralmente com R$30,00.
Silmara Novo, assistente cultural do Museu, afirma que é possível ser um associado e voluntário ao mesmo tempo. Isto é, se quiser, também poderá, além de desfrutar das vantagens de ser um associado, ajudar na organização de palestras, eventos e exposições e prestar outros serviços para o museu, como monitoria, por exemplo.
A maioria dos visitantes ao Memorial do Imigrante,60%, é composta por estudantes levados pelas escolas. As locomotivas a vapor como a Baldwin de 1927 e a Baldwin de 1922 encantam a meninada que faz uma festa com os apitos das Maria Fumaças.
Além desse atrativo, o local conta com um acervo enorme de fotografias e gravações em vídeo de depoimentos de imigrantes, uma biblioteca composta de muitos livros sobre imigração, jardins, centenas de objetos usados pelos imigrantes, diversas salas de exposições permanentes e temporárias, organizadas com objetos emprestados por descendentes de europeus que procuram contribuir com a história do país. As pessoas que quiserem fazer uma doação, devem manter um contato para uma avaliação avaliarem do material. Muitos objetos são oferecidos, mas nem todos podem ser exibidos ao mesmo tempo. E é por isso que é feito um “rodízio dos objetos expostos”, fazendo assim com que o Memorial conte com variados tipos de materiais.
Dentre as atividades desenvolvidas pelo Museu, houve a exposição de automóveis antigos usados no combate ao fogo, juntamente com o Clube do Fordinho e o Corpo de Bombeiros da Polícia, sendo visitada por pessoas de diferentes faixas etárias.
Atualmente, a associação, em parceria com a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, está desenvolvendo o projeto Trem Azul. Elias Alves, um dos mais antigos colaboradores do museu, afirma que esse é um projeto que visa restaurar uma composição de trens da antiga companhia paulista de trens. As duas associações pretendem arrecadar os recursos necessários para acelerar esse processo de composição, já que neste ano se comemora os 150 anos da ferrovia no Brasil.Visitar o museu é rever a história e conhecer novas caras de um Brasil tão enigmático. Como um dia cantou a banda Pholhas: “Caras novas, novos vizinhos /É tão bom saber que vai recomeçar / Vida nova, novos caminhos/Cantando eles vão plantando a terra”
O Memorial da Imigração fica na Rua Visconde de Parnaíba, 1316, Brás
Funciona de terça a domingo, das 10 h às 17 h.
Os ingressos para adultos são R$ 4,00, R$ 2,00 para estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior, e gratuitos para crianças menores de sete anos e idosos com mais de 60 anos. O local possui acesso a deficientes,estacionamento e lanchonete inclusive aos domingos. Informações -Telefones: (011) 6692-9218

A fé dos paulistanos se revela !






O Festival de Cultura Tradicional revelou a fé de nosso povo paulista. Nem o tempo chuvoso do último dia de apresentações fez com que o espetáculo perdesse o brilho. Cada região apresentou sua devoção de um modo diferente, as congadas, por exemplo, remetem ao Reinado de Congos que homenageiam seus santos como Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora do Rosário, Santo Expedito ou São Benedito. A congada é uma dança que mescla os cultos católicos com africanos em um movimento sincrético.
Além dos católicos, outras religiões como dos umbandistas, budistas, judeus e ciganos também fizeram sua contribuição neste grande espetáculo a céu aberto.
A presença do sol já na parte da tarde fez com as apresentações ganhassem mais brilho, principalmente na tão esperada chegada da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida. Apesar de sua passagem no carro de bombeiros ter sido fechada dando pouca visibilidade ao público, ela foi constantemente reverenciada. Aliás, muitos católicos fiéis foram ao evento apenas para demonstrar sua fé junto à imagem da santa.
Cada atração soube fascinar o público de uma maneira diferente, as cores, os sons, os gestos, cada particularidade exerceu sobre os visitantes um novo ponto de vista em relação à riqueza de nossa cultura e o quanto apesar de todos os problemas que temos a fé de nosso povo permanece inabalável.

domingo, 19 de outubro de 2008

Sentido Inverso





EDITORA: ANDROSS SENTIDO INVERSO - ANTOLOGIA DE POEMAS - VÁRIOS AUTORES ORGANIZADOR: CARLOS FRANCISCO DE MORAIS












O sentimento contrário.

Quais serão as emoções, reflexões e o que irá despertar em cada, óbvio, é um sentimento particular.

Mais do que romantismo, ele promove o pensamento individual, é egoísmo pensar em você mesmo, e sem se preocupar com o que os outros irão dizer? Sem prender-se a rótulos, sem machuquar-se para poupar.

Há quanto tempo você não tem um encontro intimo, consigo mesmo? A solidão pode ser reveladora. Mas não precisa ser eterna, como o Marinheiro do poema FARÓIS por Acácio Brindo.

A névoa, o farol, toda a tristeza que o mar pode causar em um homem, e toda a felicidade da volta.

Ser você, sem porque, sem explicações esdrúxulas, faz você descobrir a sua essência.

Do que cada um de nós somos feitos?

De amores como AS CORES DA COR, "onde meus olhos são chagas abertas por onde tu sangras.", ou talvez sejamos feitos das dúvidas, da eterna necessidade de aceitação do outro, "dar-me-ia a honra de escrever em meus contos, de sussurrar ao vento, De enxugar as lágrimas que estou a derramar?".

Pois hora, a honra é toda sua, seus desejos, seus anseios, por quanto tempo ainda irá se dedicar ao outro e esquecer-se de ti?

O sentimento inverso permite-se doar a si mesmo, o quê há tanto suplica ao outro, que possa fazer por ele.

Pedindo há alguém para que você o faça feliz.

E continua a pergunta, você já se fez feliz hoje?

Ou você sente muito mais que "o rio de minha vida desafia a gravidade, corre para trás".

Posso, aqui, fazê-lo parece um livro de auto-ajuda, mas SENTIDO INVERSO - ANTOLOGIA DE POEMAS reúne o melhor de 95 autores.

FUGA
Rosa Maria Martinelli

Às vezes sou uma desordem sem portas,
Não tenho por onde fugir de mim,
Outras vezes sou somente portas,
E nem sei se devo procurar o fim.

Afinal, o que é o pré-sal?

A mais nova descoberta de petróleo no Brasil tem gerado muitas especulações e dúvidas. Afinal, o que é a camada pré-sal e o que ela representa para o país como um todo? O que essa descoberta tem a ver com a minha vida?
Primeiro é preciso entender a termologia, o que se quer dizer com essa expressão "pré-sal". Trata-se da divisão do solo na região em que foi achado o petróleo. Na área onde foi feita a descoberta, do litoral do Espirito Santo ao litoral de Santa Catarina, abaixo do oceano, o solo se divide em camada pós sal, sal e camada pré-sal.
A camada pré-sal tem uma extensão de 800km e está localizada a 7 mil metros abaixo da superfície do mar. Estima-se que dela possam ser extraídos aproximadamente de 30 a 50 bilhões de barris, cerca de quatro vezes mais do que o produzido pelo Brasil até janeiro deste ano, que era de 12,1 bilhões de barris. Contudo, alguns acreditam na possibilidade de extração de até 100 bilhões de barris, o que tornaria o país o 6º colocado no ranking mundial das reservas de petróleo. Já para outros, o pré-sal pode render 338 bilhões de barris, o que faria do Brasil o maior detentor de reservas provadas do mundo, superando o atual detentor, a Arábia Saudita, com 264 bilhões de barris hoje.
Tá, mas o que eu ganho com isso?
A conclusão é simples. Tal descoberta geraria ao Brasil um forte aquecimento na economia. Para se ter uma idéia, se o pré-sal render 338 bilhões de barris, considerando que o barril de petróleo esteja valendo U$100 dólares, significaria um rendimento de U$ 338 trilhões de dólares, 19 vezes mais que o atual Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que é a soma das riquezas do país.
Tendo-se um aquecimento na economia, há também o desenvolvimento do país, em diversas áreas. As primeiras a serem beneficiadas são a industrial e a tecnológia, para a população isso significa geração de empregos. Além disso, poderá significar um reposicionamento do Brasil diante da economia mundial.
Como cuidar da pré-sal?
Existem opiniões diversas sobre como o governo federal deve gerenciar a camada pré-sal e os pontos de exploração dela. A camada compreende três bacias sedimentares: Santos, Campos e Espírito Santo.
Delas, a única que já está sendo explorada atualmente é a de Santos. No entanto, esta exploração não é feita exclusivamente pela Petrobras, existe a participação da iniciativa privada e de empresas transnacionais. Isto significa o desvio de parte da riqueza potencial da pré-sal para outros países.
Para alguns especialistas e parte do governo, a saída seria a criação de uma nova estatal para gerenciar exclusivamente o petróleo da camada. Porém, nem todos concordam com esta idéia, e o que pode-se esperar é muita discussão em torno do assunto.
Já os movimentos sociais defendem uma mobilização nacional para que o petróleo da camada pré-sal seja gerenciado exclusivamente pelo Brasil.
Saiba mais sobre este assunto no especial Petróleo da Agência Brasil de Fato.

sábado, 18 de outubro de 2008

Aleitamento Materno








Mãe
-Reduz a incidência de câncer de mama.
-Protege a mulher contra a osteoporose.
-Torna mãe e filho mais íntimos.

Bebê
- redução da incidência de doenças alérgicas, como alergias alimentares e asma.
- redução da ocorrência de diarréia.
- Reduz a incidência de diabetes.
- redução no número de internações hospitalares.
- redução na ocorrência de otite média.
- redução na ocorrência de infecções respiratórias.

Além das vantagens do aleitamento, somente em raríssimas ocasiões - como na mãe portadora do vírus HIV - ele está contra-indicado. No Brasil há 186 bancos de leite humano, eles são centros de apoio à amamentação onde o leite materno pode ser doado gratuitamente, processado e ofertado também de forma gratuita a determinados recém nascidos prematuros e lactentes em situações especiais.
Mais informações podem ser obtidas nos sites:
http://portal.saude.gov.br/saude
http://www.aleitamento.com

Ajude a quem precisa, para quem doa não custa nada e para quem recebe vale muito.
A doação é sempre um ato de amor e preocupação com o próximo, colabore com esta causa.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Horário de verão

O horário de verão começa no dia 19 de outubro e termina dia 15 de fevereiro de 2009.
Os relógios das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem ser adiantados em uma hora.
Prepare-se!

Mais informações:
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL740390-5598,00-HORARIO+DE+VERAO+COMECA+NO+DIA+DE+OUTUBRO.html
(Fonte: Globo)

(Figura: Blog do Miguel Lucena)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Somos todos caipiras no Revelando São Paulo

A cultura caipira, presente no interior de São Paulo, ficou visível no Revelando São Paulo.Era mais ou menos 10h40 do dia 19 de setembro, quando um grupo formado por senhores, senhoras e algumas crianças, subiu ao palco junto com um violeiro e dois cantores.Não sei exatamente que música cantavam, mas era uma moda de viola.Estranhamente o grupo que dançava ao som da viola não estava virado para o público e sim de lado. As crianças na frente, seguidos dos senhores e mais atrás o violeiro e os cantores -que quase não se via.Eles iam para frente e para atrás batendo palmas e, quando a viola se silenciava, eles paravam e os cantores faziam a capela.Todos vestiam camisa branca e calça/saia vermelha com um lencinho no pescoço.

A música sertaneja se mistura a essa cultura caipira. Um índio de origem tupi-guarani cantou clássicos da música sertaneja e muitas pessoas presentes cantavam junto, conheciam as músicas.A música regional também esteve presente no evento. Um grupo da terceira idade que toca percussão subiu ao palco e muitas músicas que tocavam eram regionais, como Tropicana, de Alceu Valença, e Xote das meninas , de Luiz Gonzaga.

O termo caipira,do tupi Ka'apir ou Kaa-pira, que significa "cortador de mato", nome que os índios guaianás do interior do estado de São Paulo, no Brasil, deram aos colonizadores caboclos, brancos e negros, é uma designação genérica dada aos habitantes das regiões situadas principalmente no interior do sudeste e centro-oeste do país,entendo-se por "interior", todos os municípios não pertencem às grandes regiões metropolitanas nem ao litoral. O termo teve sua origem e costuma ser utilizado com mais freqüência no estado de São Paulo.

Assim, bastante isolados, os habitantes do "interior"geraram uma cultura bem peculiar e localizada, e, por outro lado, preservaram muito da cultura da época em que o Brasil era uma colônia de Portugal. A chamada "cultura caipira" é fortemente caracterizada pela intensa religiosidade católica tradicional, por superstições e pelo folclore rico e variado.O caipira usa um falar, o dialeto caipira que, muitas vezes, preserva elementos do falar do português arcaico.Sua música é chamada de música caipira, música sertaneja, música de raiz, ou até música do interior, e se caracteriza por sua temática rural, por suas letras românticas e por um canto triste que comove ao lembrar da senzala e da tapera, mas sua dança é alegre.

Policiais em Greve em SP



Policiais em greve no Estado de São Paulo, fazem movimento numa das avenidas mais movimentadas da capital paulista nesta sexta-feira e contribuíram para lentidão no transito local.
A passeata foi em direção da Secretaria de Gestão Pública, na rua Bela Cintra e de acordo com a Polícia Militar, mais de 400 policiais civis participaram do movimento.
Os policiais estão de braços cruzados a 25 dias. Eles haviam interrompido a greve por 48 horas, mas voltaram a aderir a greve neste sexta-feira.
Segundo a Associação dos Delegados do Estado de São Paulo, a secretaria não apresentou uma nova proposta.
A Secretaria de Gestão Pública divulgou comunicado em que em que diz lamentar a "intransigência das lideranças" e que "espera a suspensão da greve para voltar às negociações.

Comemore o Dia da Leitura




No próximo dia 12, além do Dia das Crianças, comemoraremos pela primeira vez o dia estadual da leitura.



Trata-se de uma iniciativa do instituto Ecofuturo que em 2006 encaminhou a proposta para a Secretaria de Cultura do Estado. O objetivo é alertar os pais e educadores quanto a importância de incentivar a leitura no cotidiano das crianças e a necessidade de se criar e reformar Bibliotecas Públicas e Comunitárias.


Para comemorar a data o Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura - Casa das Rosas promoverá, gratuitamente,diversas atividades que envolvem leitura de diversos gêneros, além de oficinas de produção de brinquedos artesanais e distribuição de guias que visam orientar os pais com dicas de como incentivar o gosto pela leitura nas crianças, inclusive para os pais analfabetos.


Mais informações podem ser encontradas acessando o link http://www.poiesis.org.br/ ou http://www.casadasrosas.sp.gov.br/


Dia Estadual da Leitura - 12/10, das 10h às 17h.
Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura.

Av. Paulista, 37 – Bela Vista

Tel.: (11) 3285-6986

HORÁRIO: Terça a domingo, das 10h às 18h Grátis

Classificação: livre










“Os Saltimbancos” retornam com nova adaptação

O musical ganha uma nova adaptação, dirigida por Fezu Duarte e produzido pela Conteúdo Teatral. O espetáculo narra a saga de quatro bichos – um jumento, uma galinha, um cachorro e uma gata – que partem para a cidade em busca de uma carreira musical. Muita aventura acontece com esse grupo e eles percebem que a cidade não é o melhor lugar para se viver.

A peça foi apresentada pela primeira vez em 1977. O texto original é de Luiz Enriquez Bacalov e Sérgio Bardotti, adaptado por Chico Buarque. Em 1981, Os Trapalhões lançaram a versão para o cinema, chamada “Os Saltimbancos Trapalhões” que continha no elenco Ivan Lins, Miucha, e Bebel Gilberto.

A trilha sonora é a original da peça, que conta com canções como "Bicharia" "História de uma Gata". A coreografia é assinada por Juliana Sanches. O espetáculo acontece aos sábados e domingos, às 16hrs e fica em cartaz até 21 de dezembro.

Local: Teatro Folha

Avenida Higienópolis, 618, piso 2 - Consolação - Centro.
Telefone: 3823-2323. Ingresso: R$ 20.

A Festa do Divino Espírito Santo na Vila Carrão :a Memória dos Açorianos em São Paulo

A homenagem religiosa, conhecida como a Festa do Divino Espírito Santo é uma expressão relevante da cultura e religiosidade da comunidade da Vila Carrão em São Paulo, marcada na origem dos costumes açorianos preservada ao longo dos tempos.

As festas e comemorações religiosas fazem parte do legado cultural dos grupos de imigrantes, entre eles o português, em especial à festa do Divino Espírito Santo, que todos os anos é comemorada pelas comunidades que vivem em alguns estados brasileiros, sobretudo de origem açoriana.

Estas festividades que ocorrem no mês de maio faziam parte das tradições luso-brasileiras que visavam arrecadar donativos, além de animar a população paulistana. Atualmente, a festa reduziu-se à comunidade açoriana da Zona Leste de São Paulo e em outras cidades do interior do Estado, que conseguiram manter um elo entre o passado e o presente por meio dessa manifestação da cultura açoriana.

Além da festa, acontece uma procissão em que os fiés passam pelas ruas da Vila Carrão rezando por cada morador do bairro. A queima de fogos marca o início da festa que vai até a noite.

Revelando São Paulo






Esses dias me peguei pensando no futuro. Mais dois anos para me formar, para ser um jornalista. Vira e mexe vem uma pergunta, estou preparado para ser jornalista? Descobri que o que quero é voltar no tempo...Fiquei olhando pela janela da sala a minha vizinhança, no bairro Santa Izabel, e lembrando dos momentos que não tinham hora pra dormir, que festas duravam a noite toda, que tinha férias garantidas no meio e final do ano, que feriados no meio da semana sempre emendavam com os outros dias até o final de semana. Isso para mim já não existe há muito tempo - pelo menos uns 12 anos - desde que entrei no meio radiofônico.Sabe? Quero voltar a ser criança. Essa vida de gente grande dá trabalho demais. Fiquei lembrando dos bons tempos aqui no bairro onde moro. Existia época para cada diversão. É isso mesmo! Existia época dos carrinhos de rolemã - era um Deus nos acuda nos finais de feiras para pegar os melhores caixotes, as melhores madeiras e fazer o carrinho mais rápido. Alguns eram tão sofisticados que já eram adaptados com freios de mão.
Logo depois era época dos pipas. Ah! Como era bom juntar 10, 15 amigos tentando colocar no ar a melhor pipa, claro que não podia faltar o cerol - vidros muídos com cola de madeira. Não tinhamos noção de como era perigoso para os motoqueiros, mas para nós, valia tudo para ser o "barão do ar". Não da para esquecer da época de bolinhas de gude. Eramos os senhores de si e do mundo que o cercavam, lá iam nós pela rua com suas riquezas no bolso. Asas nos pés,enlevo de quem tem toda a vida pela frente. E tinhamos. Eu podia ficar a tarde todas jogando e era incrível como aquelas bolas de gude ganhavam um status de coisa mítica, de coisa feita de sonho e devaneio. Pareciamos reis com aquela melodia feita de vozes infantis que gritavam a todo momento,seja quando ganhavam e principalmente quando perdiam alguma partida.
As meninas nuncam entendiam bem como funcionava, mas aquele que possuía apenas uma gude ao sair de casa poderia ir “matando” inimigos e voltar com o bolso cheio das benditas bolinhas.Aritmética das aritméticas!Mágica das mágicas!Com um pouco de sorte e um outro tanto de talento, enchiamos os bolsos esferas azuis,verdes,amarelas,multicores.E eu sentia um orgulho bobo embevecida com tanta felicidade. Já ia esquecendo de falar da época dos peões. Cortavamos a "cabeça", aquela pontinha que muitos usavam para enrolar a fieira. Mas eu não! Preferia sem aquela coisa que atrapalhava e tirar a "estetica" do giro. Pintados de diversas cores que se confundiam ao desenrolar da sua mão. E como a bolinha de gude, os jogos de peões também valia a partida. Colocavamos o peão apostado num circulo e cada jogador tentava acertar a peça que interessava.
As vezes,em dias como de hoje,bate uma saudade tremenda daquela época. Tempo em que eles eram meus.
Tenho saudades daquelas alturas em que tudo era fácil. Em que me era permitido sonhar, e mais que isso, me era permitido realizar todos os meus sonhos. Tenho saudades da minha imaginação sem barreiras e da minha ingenuidade que me deixava sonhar com tamanha imaginação.
Tenho saudades de me extasiar com as coisas banais da vida, e daqueles pormenorezinhos que vendo bem agora, é que lhe davam um toque especial.
Tenho saudades dos tempos em que a minha felicidade dependia de coisas tão fáceis como um simples pedaço de pudim de leite. Do diplic com pozinho - que falavam que dava cancêr - e que deixava a lingua colorida, do desenho Caverna do Dragão - até hoje não sei se os meninos sairam daquele lugar. Saudades daqueles amigos que tantos nos viam como heróis, como nos punham amuados o dia todo. Daquelas mentirinhas demasiado teatrais que não enganavam ninguém, excepto a nós próprios.
Tenho saudades do tempo em que o mundo girava a nossa volta. E daqueles risos altos, quase histéricos, que não se importavam com os decibéis. Tenho saudade de ser criança novamente e quem sabe poder contribuir para um futuro melhor do que esperam as de hoje.

Mundo da moda



A exposição “Papiers à la Mode” da artista plástica belga Isabelle de Borchgrave e da figurinista canadense Rita Brow, traz 60 modelos de trajes - todos feitos em papel - que contam a história da moda nos últimos 400 anos. As roupas, inspiradas em vestimentas de personagens célebres, como a rainha Elizabeth 1ª, da Inglaterra, e Maria Antonieta, da França, podem ser vistas no Museu de Arte Brasileira da Fundação Amando Álvares Penteado (Faap). Destaque para o vestido de noiva criado por Isabelle em 2000, que transformou suas obras em peças que, além de apreciadas, podem também ser vestidas. É a primeira vez que a exposição vem ao Brasil.





Programação: de terça a sexta, das 10h às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h. Local: Museu de Arte Brasileira do Faap (rua: Alagoas, 903, Higienópolis, tel. (11)3662-7198).

De 12/10 a 14/12.

Entrada Gratuita. Livre.





Fonte: Jornal Agora São Paulo

Jornalistas sem Diploma?

A Regulamentação do jornalismo está provocando discussões entre diversos setores, pois uma das resoluções, é o projeto de lei do Deputado Celso Russomano, que visa a não exigência do diploma para o exercício da profissão. Segundo alguns parlamentares a exigência do diploma seria um atentado a liberdade de imprensa.


Para promover uma discussão sobre a regulamentação, o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), agendou uma série de seis audiências públicas, destas apenas três aconteceram. Após a primeiro audiência, que aconteceu em Recife, os representantes patronais (empresários do setor de comunicação), reivindicaram sobre a discussão da exigência do diploma.



Segundo a MTE, o projeto de lei, está sob custódia do STF (Superior Tribunal Federal), portanto não cabe ao grupo de estudos criado para discutir a regulamentação da profissão ,debater o assunto.



Os representantes patronais se afastaram do grupo de estudos, após essa decisão foram feitas mais duas audiências, em Porto Alegre e no último dia 09 de Outubro em Brasília, agora o MTE informa que serão suspensas os próximos 3 encontros, para que haja um acordo e que os empresários voltem a participar da discussão.



São Paulo receberia a audiência, fechando o ciclo, no dia 29 de Outubro. Segundo o Presidente da Fenaj Sérgio Murillo de Andrade, espera-se que temporariamente suspensas, não signifique canceladas.



Em pesquisa realizada pela FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), foram ouvidos 2 mil pessoas e 74,3% dos entrevistados em território nacional apoiam a obrigatoriedade do diploma do jornalista, e 13,9% acreditam que não há necessidade da formação.



Mas qual a utilidade da regulamentação?



A formação é a garantia de profissionais bem preparados, que tenham conhecimento adequado para desenvolver a figura de agente mobilizador.



Neste espaço onde estudantes de jornalismo, desenvolvem seu aprendizado esta é uma discussão pertinente.



Não imagino de que forma pode-se garantir a qualidade da informação, da descrição dos fatos, do respeito a ética jornalística, senão com a exigência da formação superior para o profissional de jornalismo.



Então se você têm interesse pelo assunto, têm uma opinião formada, ou quer saber mais sobre essa polêmica, participe da campanha da Fenaj pelo site.



Fonte: Torves - FENAJ http://www.fenaj.org.br/

Conheça o capacete especial para gripados e outras invenções

Capacete com papel higiênico para gripados, óculos para pingar colírio e pente para careca. Estas são algumas das 500 invenções nacionais e estrangeiras que estão dispostas nos dois andares do Museu Contemporâneo das Invenções.

Você pode conhecer também invenções já lançadas comercialmente, como a bóia-espaguete, e outros que devem ser produzidos, como a cueca descartável e o dispositivo luminoso para chamar o garçom.

Museu Contemporâneo das Invenções
Rua Dr. Homem de Mello, 1.109 - Perdizes - Oeste.

Telefone: 3873-3211.

Ingresso: R$ 10 (grátis p/ menores de 2 e maiores de 65 anos).
Segunda a sexta: 10h às 12h e 14h às 17h.

Planeta Sustentável no Parque do Ibirapuera

O "Planeta Sustentável no Parque" é uma ação do movimento Planeta Sustentável em prol da ecologia, com apoio da Prefeitura de São Paulo. Seis estações estão espalhadas pelo parque oferecendo palestras e atividades práticas. Empresas privadas e o terceiro setor comandam as oficinas. Algumas atividades apelam fortemente ao Dia das Crianças, como a peça A Flor da Amazônia, oficinas de percussão e brinquedos recicláveis. O destaque fica por conta do sábado, quando o ator Bruno Gagliasso conta histórias infantis às 15 horas.

Esta ação pretende melhorar os conhecimentos do paulistano sobre coisas simples com que pode conribuir para salvar o planeta.
O parque tem sinalização e monitoramento para que os interessados encontrem as estações. As inscrições ocorrem no próprio local, e quem percorrer todo o trajeto, ganhará como prêmio uma sacola de algodão orgânico não-descartável, substituta das sacolas plásticas dos mercados, que levam cerca de 500 anos para se decompor. Também estão instalados dez conjuntos de lixeiras para reciclagem, cada uma pintada por um artista consagrado.

A programação completa encontra-se no site http://www.planetasustentavel.com.br/.





Parque do Ibirapuera

Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Vila Mariana Telefone: 5574-5505 / 5045 / 5177
8 a 14 de outubro das 9 às 17h

Trajeto poético

A partir dia 13/10 até o dia 15 do mesmo mês o Sesc Santo Amaro vai realizar o WALKING POEM SP, que consiste em uma proposta na qual os visitantes serão convidados a ter um deslocamento de percepção urbana com base em situações inusitadas.


Os preços das entradas variam de R$ 2,50 (trabalhadores matriculados e dependentes), R$ 5,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, mais de 60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$ 10,00 (inteira).


O horário é do 12h até às 17h e o ponto de partida é Casa Amarela – Pça. Floriano Peixoto, Largo Treze. É necessário a compra de ingressos antecipados.


Fonte: http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=140707

Paulo Leminski é tema de curso

Uma boa oportunidade de conhecer ou relembrar o trabalho de Paulo Leminski é o novo curso “Leminski em quatro capítulos”, que acontecerá na Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima a partir desta quinta – feira (09/10) até 30 de outubro.
O curso será ministrado pelo jornalista e escritor Ademir Assunção.
As aulas acontecerão todas as quintas ás 19h30..
Local: Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima
Rua: Henrique Schaumann, 777.
A inscrição deverá ser feita no local ou por telefone: 3082-5023

IV Seminário Municipal da Mulher com Deficiência - Prevenção e Cuidados.

O Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMPD), promoverá o IV Seminário da Mulher com Deficiência, com o objetivo de dar visibilidade a esta importante camada da sociedade, visando dignidade no atendimento, prevenção e tratamento que se façam necessários junto à rede de saúde.
Os trabalhos realizados durante o seminário, serão transformados em um documentário com o intuito de promover e sensibilizar os diversos espaços de participação da mulher com deficiência, contribuindo com o poder público, privado e com a sociedade em geral.

Quando: 18 de outubro de 2008, à partir das 8h00.
Local: Memorial da América Latina - prédio do Parlatino.
Endereço: avenida Auro Soares de Moura Andrade, 564 - portão 10 - Barra Funda, São Paulo - SP.
Período de inscrições: de 22 de setembro a 11 de outubro.
Para mais informações: Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência - CMPD.
Rua Líbero Badaró - 119 - 3° andar - Centro - SP.
Telefones: 3113-9672 / 9673 / 9674 / Fax: 3113-9675.


Comissão Municipal de Direitos Humanos (CMDH), comemora os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

No dia 14 de outubro de 2008, às 21h00, ocorrerá na Sala São Paulo, rua Mauá-51-Bom Retiro, a sessão comemorativa dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Serão homenageadas personalidades brasileiras como: Antônio Cândido, José Mindlin, José Gregori e Ruth Cardoso (em memória).
Essa comemoração foi sugerida e organizada pela Universidade de São Paulo (USP), por intermédio da Faculdade de Direito e da Escola de Comunicações e Artes.

Denuncie a Tv que não respeita os cidadãos

A campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania", divulgou nesta quarta-feira (15) o ranking da Baixaria na TV, que divulga os cinco programas que receberam o maior número de reclamações, devido à falta de ética e respeito pelo telespectador. Veja os programas mais denununciados:

A campanha Quem Financia a Baixaira é contra a Cidadania foi lançada em novembro de 2002 na Câmara dos Deputados e tem o apoio de mais de 60 organizações sociais das áreas de Direitos Humanos e comunicação. Os rankings são divulgados a cada quatro meses.
Participe você também por uma Tv Cidadão.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Anime Fantasy traz a cultura janponesa


O AnimeFantasy, evento de animes (desenhos japoneses) e mangás (quadrinhos japonês), será realizado nos dias 18 e 19 de outubro na Faculdade Cantareira!
Recomendado para todas as idades, o evento traz um pouquinho da cultura japonesa para os brasileiros, com estandes, salas temáticas, gincanas, desfiles cosplays (fantasias dos animes e mangás) e muito mais.

Local: Faculdade Cantareira
Rua: Marcos Arruda, 729
Bairro: Belém - São Paulo -SP
Próximo ao metrô Belém.

Ingressos: R$10,00 antecipado e R$13,00 na entrada.

Para ver onde comprar os ingressos antecipados visite o site: www.animefantasy.com.br

Campos do Jordão dentro do Parque da Agua Branca

Do dia 08 até 16 de setembro aconteceu no Parque da Água Branca, na capital Paulista, o Festival de cultura paulista tradicional “Revelando São Paulo”. O evento reuniu mais de 400 municípios do Estado de São Paulo, dentre eles, mais de 200 barracas de artesanato, culinária e apresentações de danças, musicas e festas típicas de cada local. Falamos com Luiz Antonio, um artesão de Campos do Jordão que participa do evento há oito anos e diz que nestas datas costuma vender bem. Os trabalhos dele têm como matéria prima a madeira e os valores vão de R$ 10,00 á R$ 2.000,00.
Formado em Literatura Brasileira, Luiz Antonio já trabalha com projetos em madeira há 20 anos e gosta muito. Podemos ver em seus olhos a satisfação de alguém que faz o que realmente lhe da prazer. Ele comenta que a madeira utilizada é reciclada e que um dos motivos que faz com que ele goste tanto de seu trabalho, é saber que preserva raízes, ou seja, a cultura tradicional do lugar.
Seus trabalhos vão de vasos para flores até poltronas para se sentar e mesas para jantar. Como percebemos que o design dos trabalhos é diferente do que a maioria das pessoas tem em casa, perguntamos se a havia grande procura dos produtos e reconhecimento, afinal é um trabalho difícil. Ele nos respondeu que sim, mas que o seu público alvo é a classe média.

Marionetes do Guaruja se apresentam no Teatro Eva Wilma, em São Paulo

Com a chegada das grandes invenções, tudo ficou mais pratico e moderno. E foi assim que o cinema, a TV e os desenhos fizeram desaparecer a antiga arte de bonecos.
Pra resgatar essa nobre Arte, em meados de 1993, surgiu o Teatro de Marionetes do Guarujá, que com a mais moderna tecnologia, grande determinação e criatividade, alcançou o grande sucesso que é hoje.
Atualmente, estes Bonecos ganham vida através das mãos de seus criadores e manipuladores: Tarcísio, Ulisses e Thiago, três jovens da cidade do Guaruja-SP. Os dois primeiros, filhos de Tarcísio Borges, ventríloquo e mágico.
Foi ele o primeiro incentivador da arte desenvolvida pelos filhos. Tarcísio Pai conheceu o trabalho de Luiz Pina, um artista de rua que fazia seus shows nos calçadões da cidade, mas seus bonecos não eram bem acabados. Foi então que Tarcísio propôs uma troca: ele ensinaria Pina a fazer bonecos mais perfeitos e em troca, Pina ensinaria seus filhos à “arte de manipular”.
Assim cresceu a paixão de Ulisses e Tarcísio pela arte que hoje desenvolvem com muito talento, encantando platéias de diversos lugares do País.

Local: Teatro Eva Wilma
Data: 12/10/2008 - Horário: 16:00hs
Entrada: R$ 20,00 (Estudante paga Meia)
Endereço: Rua Antonio de Lucena, 146 – Tatuapé
Endereço eletrônico: http://www.teatroevawilma.com.br/






Amado Jorge Amado nas Artes Visuais

Os livros do escritor Jorge Amado, que encantam milhões de pessoas em todo o mundo, são a inspiração da coletiva "Amado Jorge Amado", composta por trabalhos dos artistas representados pelo Escritório de Artes Mônica Hernandes: Andréa Barata, Cristina Domingos, Dalila Nascimento, Dircéa Mountfort, Geraldo Bope, Márcia Vinhas Fernandes, Milton Tortella, Nereu Cerdeira, Ricardo Bertagnon, Saulo Mota, Sônia Valério, Vagner Beijo e Vanda Ramirez.

Caixa Cultural – Sé
Praça da Sé,nº111 – Centro
Até 12 de Outubro

Informações: 3321-4400
Terça a Domingo: 9 hrs às 21 hrs
www.caixa.gov.br/caixacultural

Encantamento da Arte Afrobrasileira

O Museu Afro Brasil aguarda os visitantes para o encantamento com as 1.100 obras da coleção de arte negra do artista plástico Emanoel Araújo, cedidas ao museu em regime de comodato. Entre as peças, estão máscaras africanas, esculturas, pinturas do século XIX, fotografias e trabalhos contemporâneos.

Museu Afro Brasil Pavilhão Pe.Manoel da Nóbrega
Av: Pedro Àlvares Cabral, s/nº - Parque Ibirapuera
Terça a Domingo: 10 hrs às 17 hrs
Informações: 5579-0593

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Mineiros sacodem São Paulo



A banda mineira, que teve seu início em 1992, apresenta show com músicas do último cd Daqui Pro Futuro, lançado em 2007, e ainda relembra antigos sucessos, como Sobre o Tempo, Eu e Qualquer Bobagem. O grupo é formado por Fernanda Takai (voz, violão e guitarra), John Ulhoa (guitarra, violão, programação, voz e cavaquinho), Ricardo Koctus (contra-baixo, voz e pandeiro), Xande Tamietti (bateria e percussão) e Dudu Tsuda (teclado).

Quando: Sábado 11 de outubro
Horário: 20 hrs
Inteira: R$30,00
Meia: R$15,00

Encruzilhados contra a barbárie

"Tudo é mistério nesta tenda e as surpresas nos trazem a questão: Escolhemos, de fato, os nossos caminhos?"


Encruzilhados
Entre a barbárie e o sonho

Dramaturgia: Antônio Rogério Toscano
Direção: Tiche Vianna
Elenco: Andréa Macera, Eduardo Brasil e Esio Magalhães

De 12 de Setembro a 19 de Outubro

Sextas e Sábados às 21h
Domingos às 20h

Local: Galpão do Folias
Rua: Ana Contra, 213 - Santa Cecília
(Próximo ao metrô Santa Cecília)

Ingressos: R$ 30,00
Bilheteria: a partir das 16h
Lotação: 65 pessoas

Recomendação: 16 anos
Acesso para deficientes
Estacionamento conveniado ao lado: R$ 5,00

Reservas e informações: 3361-2223
http://www.barracaoteatro.com.br/
folias@terra.com.br

USP comemora os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

A Faculdade de Direito e a Escola de Comunicações e Artes da USP realizam no dia 14 de outubro, às 21h, uma cerimônia em comemoração aos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, com uma sessão de música, fotos e poesia. Na oportunidade serão homenageados José Mindlin, Antonio Candido, José Gregori e, em memória, Ruth Cardoso. O evento acontecerá na Sala São Paulo e está aberto ao público. A bilheteria estará aberta a partir das 19h30 para retirada de convites. Mais informações: (11) 3091-4314/8664/4068 ou pelo e-mail:comunica@eca.usp.br. Estacionamento no local a R$ 8,00

Zanni traz o circo para o século XXI











O Circo Zanni está com uma curta temporada. Vale a pena conferir apresentações circenses, música e dança do século XXI.

Horários:
Sexta-feira às 20h30
Sábado às 16h e 20h30
Domingo às 16h 19h
Rua Augusta, 344 - Centro
(esquina com a rua Caio Prado)
Acesso mais rápido pelo metrô Republica!
(11)9188-9208 / 4612-1433
Ingressos:
R$ 30,00 (inteira); R$ 15,00 (meia);
PREÇO ÚNICO - sexta-feira (R$15,00)

Awa ensina a cultura indígena

Na noite do dia 19 de setembro, ao som da Orquestra de Violeiros Estrela de Ouro de Caraguatatuba, pude conhecer no parque da Água Branca na Barra Funda, mais uma edição do Revelando São Paulo.




Andando pelo parque avistei algumas barracas em meio às árvores, e fui conferir o que estava sendo exposto. Eram tribos indígenas que também estavam no Festival de Cultura Tradicional de São Paulo para mostrar um pouco de sua expressão cultural com seu artesanato. Ao me aproximar pude ouvir um indígena, devidamente caracterizado com o seu cocar de penas azuis, explicando sobre a presença dos grupos indígenas no evento. Eram mais de 100 pessoas das mais diversas nações, como Xavante, Kariri, Pataxó, Pankararé, Guarani, etc.
Awa Kuaray Wera, 38, da nação Tupi-Guarani, nos mostrou como eles utilizavam a zarabatana para caça e o que era um baraka, instrumento utilizado na dança.
Fiquei impressionada com a desenvoltura desse índio ilustre e quando falei que gostaria de fazer algumas perguntas fui surpreendida novamente. Awa, que fala muito bem a nossa língua, faz parte de um grupo de trabalho que reivindica melhorias para os cerca de 500 indígenas que vivem em na região de Guarulhos, por coincidência, município onde eu moro.
Awa Kuaray me sugere então, que eu envie um email para ele e assim ele possa me passar mais informações sobre o movimento no município de Guarulhos. Fiquei sem palavras, um índio me pedindo meu bloco de anotações para anotar o seu email e telefone para contato.
"Percebo que hoje os índios que moram em Guarulhos estão vendo que o movimento indígena está crescendo, temos as tribos Pankararu, Açu Cocal, Xucuru, Wassu Cocal, Pankararé, Tupi Guarani, Guajajara e Xavante. Não existe mais o índio que vive na mata caçando, a nossa renda vem do artesanato que nós produzimos ou daqueles que acabam procurando emprego nas empresas. E isso faz com que o índio vá deixando de lado a sua cultura. Por isso é importante a realização dessas ações para que a cultura do índio possa permanecer viva", disse Awa Kuaray Wera. Awa Kuaray Wera viaja por todo o estado de São Paulo para difundir a cultura e procurar soluções aos problemas enfrentados pelos índios paulistas.
São Paulo tem mesmo suas particularidades, fui surpreendida por várias vezes em uma única noite de Cultura Tradicional de São Paulo, com revelações de um estado gigantesco que abriga as mais diferentes culturas. Mesmo com o passar do tempo e com o avanço de novas tecnologias, essa cultura têm resistido, passando de geração a geração.
Como imaginar que nos dias atuais índios se utilizam, das mais diversas tecnologias oferecidas à sociedade como email e celular para difundir e propagar a cultura tradicional e os direitos como cidadãos?

Sebo moderninho pela internet

Para os amantes de bons livros e baratos, os melhores sebos de São Paulo agora estão estão mais perto de todos. Não é preciso nem sair de casa para encontrar grandes obras. Em um único lugar você encontra vários clássicos a preços populares e obras raras: a internet.

O conhecimento do mundo por meio da leitura pode ser adquirido a partir de R$ 3,00, sem esquecer do frete. Onde? Uma dica é a estante virtual, sebo pela internet. Você acessa, escolhe, clica e recebe em casa.

Outra dica. O clássico A Sangue frio – Truman Capote pode ser comprado por proximadamente R$12,00. Acesse o site http://www.estantevirtual.com.br/ e boa leitura.

São Paulo aquecido e revelado em poucos dias

O frio que não assusta, o vinho quente aquece. Revelar a imensidão de São Paulo em alguns dias, transformar cultura em atração. Este foi o desafio do Revelando São Paulo. As tradições populares que se modificam, mas continuam com a mesma essência.

A cada jornalista uma missão de transcrever o que descobriu no evento, talvez a curiosidade fez com que provassem comidas diferentes e conversassem com as pessoas, porém a grande reportagem estava por detrás dos olhares curiosos e atentos.

Alguns anônimos que conservam a tradição apenas na família, tem seus minutos de fama e apresentam tudo que ensaiaram. Danças tradicionais ou conservação da sua origem, a cada novo imigrante uma nova transformação, danças que surgiram entre os índios, tendo pitadas portuguesas ou espanholas. O mundo é da transformação, somos um país que recebe a todos de braços abertos.O difícil é acreditar que eles um dia nos aceitarão no país deles da mesma forma.

Ah, Brasil! Nossa ordem e progresso, tudo isso um dia se Revela!


terça-feira, 7 de outubro de 2008

História da Arte ao alcance de todos

Com orientação do Professor Renato Brolezzi e participação de Paulo Portella Filho (coordenador), Christina Guarinello A.Moreira Marx e Luciano Rodrigues (assistentes de coordenação), o Masp oferece o curso de História da Arte voltado para professores de Arte, estudantes e educadores em geral.

O curso oferece, uma vez por mês, de fevereiro a dezembro (exceto julho) uma introdução à cultura figurativa ocidental a partir da análise de obras escolhidas da Coleção do MASP.

Para participar não há necessidade de inscrição prévia: o interessado deve dirigir-se ao museu no dia da aula, pelo menos 30 minutos antes do seu início. Cada participante recebe um certificado pela sua freqüência, e este lhe garante a retirada, logo após a aula, de um convite para visitar o museu e a obra estudada. Com o certificado, o participante também poderá ter descontos especiais em compras na Loja do Museu e no restaurante do MASP. Após a aula, quem desejar, participará de uma atividade de avaliação de aproveitamento na aula, com direito a certificado correspondente.

No dia da aula, das 14hs às 17hs, a Biblioteca e o Centro de Documentação do MASP ficam abertos excepcionalmente - mediante agendamento no próprio dia - a consultas dos participantes da aula.

Próximos Cursos
01° DE NOVEMBRO - O Grande Pinheiro, de CÉZANNE
06 DE DEZEMBRO - A Compoteira de Peras, de LÉGER


Horário: 11h00 às 13h00
Grande Auditório do MASP – 1º subsolo
370 vagas - GRATUITO
Não há necessidade de inscrição prévia


MASP
Av. Paulista, 1578 - São Paulo - SP (Metrô Masp/Trianon)
tel. (11) 3251.5644 / Fax. (11) 3284.0574


Horário de funcionamento
Quinta-feira, das 11hs às 20hs
Terça, quarta, sexta, sábado, domingos e feriados, das 11hs às 18hs.
(a bilheteria fecha com uma hora de antecedência)

IngressosR$15,00 (inteira) e R$ 7 (estudante com identificação da instituição)
Entrada franca somente as terças
grátis para menores de 10 e maiores de 60 anos


(Fonte: Site oficial do MASP - http://www.masp.uol.com.br/)

3° MOSTRA CINEMA E DIREITOS HUMANOS NA AMÉRICA DO SUL




Cinesesc e Cinemateca promovem a celebração dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, com a 3° edição da mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul.
A 3° Mostra levará a 12 capitais brasileiras o olhar singular de cineastas sul americanos sobre temas, valores e dilemas que dizem respeito à dignidade humana, incluindo duas novas sessões, uma Retrospectiva Histórica e uma Homenagem.

Na sessão Retrospectiva Histórica, destaca-se os curtas metragens dos brasileiros, Joaquim Pedro de Andrade e Fernando Meirelles.

Em São Paulo, a mostra vai de 06 de Outubro a 12 de Outubro de 2008.

Consulte a programação através do site: www.cinedireitoshumanos.org.br
Local: Cinesesc - Rua Augusta, 2075 - São Paulo
Tel: (11) 3087-0500
Entrada Franca
Local: Cinemateca - Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino, São Paulo
Tel: (11) 3512-6111
Entrada Franca
Milene Rolan

(Fonte: site do SESCSP)

entrevista perfil brasil de fato

Nosso desafio era entrevistar um jornalista do BRASIL DE FATO, por ocasião da festa de aniversário dos cinco anos de sua criação, em 17 de abril deste ano. Eu acredito que, assim como a maioria dos meus colegas, eu fiquei cheia de medos e inseguranças. Apesar das recomendações da professora de fazer o uso das ferramentas técnicas, como preparar de antemão uma pauta, o que é de praxe para o entrevistador. Confesso que não consegui elaborá-la.

Levei meu MP-4 para gravar a entrevista da minha “cobaia”, mas na hora “H”não funcionou. Tentei usar meu bloco de anotações, mas como estava muito nervosa, fiz apenas alguns rabiscos ininteligíveis. Porém, tive um pouco de sorte, porque acabei encontrando um colega da sala, o Marcos Leandro, que gentilmente, me emprestou o seu MP3. Só assim tive a chance de fazer os registros desta entrevista.

De início, eu tentei uma abordagem com dois outros jornalistas do Brasil de Fato, mas a entrevista não fluiu por culpa do meu despreparo. Mas, quase no final do evento, tive a sorte de encontrar Jorge Pereira Filho, que foi bastante atencioso comigo. Um jovem jornalista que, visivelmente, denota nutrir a esperança por dias melhores, por isso mesmo, acredita no poder das mudanças sociais. O compromisso, de levar a informação a uma população menos favorecida, levou-o a trabalhar no Jornal, que tem uma linha independente, é engajado com as causas sociais e tem postura crítica perante os atos do governo e da elite brasileira. Até mesmo seu perfil físico – usa barba e óculos - condiz com os jovens de visão crítica. Ele faz o gênero intelectual, com uma perfeita fluência verbal e tem posicionamentos lúcidos com relação ao rumos do Capitalismo e Socialismo no mundo contemporâneo. Jorge Pereira Filho é jornalista, representante do Conselho Editorial, Político, e editor da página de Internet da Agência Brasil de Fato.


Primeiramente, você trabalhou na Gazeta Mercantil. Você se decidiu a trabalhar no Jornal Brasil de Fato por se identificar com a linha editorial?
Quando fui fazer jornalismo, já pensava no papel que poderia desempenhar na sociedade, pois todo trabalho tem uma repercussão social. O papel do jornal é tentar reduzir a alienação do trabalho à medida que controlamos o que fazemos e das conseqüências da produção para a sociedade. Ao trabalhar na grande mídia, você sente na pele a frustração de produzir algo que não lhe pertence, que está colocado ali intelectualmente e não manualmente. É como um operário que fabrica um carro que não é dele e ele não pode alterá-lo, pois nele há amarras correspondentes a interesses que não são seus, posturas ideológicas, éticas e morais. Essa inquietação levou-me a buscar essa alternativa, um espaço onde pudesse realmente atuar, o Brasil de Fato.

Você trabalha no site do jornal?
Trabalho mais no site, mas também edito a seção de América Latina, no jornal.

Temos um governo que fugiu de seu discurso político após a posse. Como andam os ideais da esquerda após a queda do socialismo na ex-URSS? Não há um descrédito geral na bandeira de luta do socialismo?
Duas informações importantes. Sobre o governo Lula, acho que o sentimento de frustração é grande, de todos aqueles que apostavam em uma grande mudança durante o mandato. Ele decepcionou o "Brasil de Fato", todos os militantes de esquerda e aqueles que defendem a transformação social por meio de uma melhor distribuição de renda, porque, se o país está crescendo, a economia vive com poucas turbulências, o cenário de estabilidade que todos dizem é a estabilidade da miséria, das desigualdades sociais, na qual 20 pessoas por fim-de-semana morrem na Grande São Paulo, às vezes só na Zona Leste. Eu nasci em Suzano e sei como é morar naquela região. Há vários bairros e sabemos da violência que tem lá. Ela não é produto apenas de um povo que desrespeita as leis, ela não é uma questão de juízos morais ou de valor. Num contexto social, é um absurdo a que se submete a vida humana, são pessoas que não têm direito à dignidade, à saúde e à educação.
Não é proposta da esquerda que está em descrédito. O Leste Europeu trouxe frustração para todo o mundo que acredita que é possível mudar. Mas creio mais na humanidade, num modo de pensar e viver mais igualitário, do que aceitar o capitalismo que dizima a população pobre e determina quem vai ter o direito de ser feliz, quem vai poder estudar, ter uma vida mais humana ou ser como cachorro, que vai condenar uma pessoa a trabalhar 15 horas na cana-de-açúcar, e ter que tomar soro na veia para continuar produzindo etanol, álcool combustível para os ricos europeus e americanos andarem nos seus carros.
Defendemos outro modelo de desenvolvimento, isso vai além de um debate sobre a União Soviética, de experiências do socialismo que se passaram. Temos que fazer a crítica e não nos prender a isso. A vida humana é bem mais que 90 anos de socialismo, porque a primeira experiência socialista foi em 1917 na Revolução Russa. Quantos anos de experiência tem o capitalismo? E ele nunca solucionou os problemas da humanidade.

O Jornal, pelo visto, tem uma filosofia bem humanista, por isso mesmo, as questões discutidas por ele visam promover um maior bem estar para o povo brasileiro? Explique.
Pautamo-nos pela vida da maioria. Se pegarmos um caderno de economia, você verá que grande parte das notícias está relacionada ao mercado financeiro. Você já investiu na Bolsa? Fulano está desempregado, beltrano tem emprego sem carteira assinada, sicrano não tem acesso à saúde. Nosso foco é a necessidade da maioria, e não do capital, dos empresários, mas da vida popular, das pessoas comuns, que enfrentam dificuldades e lutam pela sobrevivência.
Nós reunimos em torno do jornal um grupo plural que compartilha de alguns valores e esses valores podem ser reunidos em todas as frases que já citei, como "os problemas não estão solucionados". Queremos ampliar o debate sobre os problemas na sociedade.

Por que você escolheu trabalhar na parte de editoria?
Na verdade, faço matérias também.

E quais matérias surtiram mais efeito para o jornal?
Várias. Não gostaria de eleger uma ou outra, pois a questão não é parodiar o Lula, fazer gol de bicicleta, e sim marcar gol, é o que o Brasil de Fato tenta fazer, manter uma regularidade de qualidade. Isso cria um substrato no público leitor, na página da Internet, para ampliar o nível do debate ideológico da sociedade.

Aventuras literárias no parque

O Projeto de incentivo à leitura foi desenvolvido pela Prefeitura da Cidade de São Paulo há quase vinte anos. Teve início no Parque do Ibirapuera. Estendeu-se, depois, por outros parques como o da Luz e o do Carmo. Na Aclimação, funciona desde outubro de 2007, no horário das 10 às 16h.


O material, fora do dia do evento, fica guardado na Biblioteca do Parque. Aos domingos, os servidores da Prefeitura colocam as mesas e cadeiras, num espaço ao ar livre. Bem próximo, fica o acervo acondicionado em cestas de vime, composto por jornais, revistas mensais e gibis. Os livros são poucos, e a maior parte deles está direcionada para o público infantil.


A Prefeitura dispôs quatro servidores públicos, que se revezam, com a finalidade de gerenciar o Projeto na Aclimação. Demonstram ter perfil para trabalhar com o incentivo da leitura. São atenciosos com os usuários. O servidor Lafayette dos Santos Penna diz estar fazendo um trabalho humanístico. Ele e Clarisse Palermo Freitas gostam de exercer a atividade e até se divertem. De acordo com Lafayette, o usuário vai ao parque para relaxar. O ambiente é propício para a leitura. Eles interagem com o público por meio de conversas e informações sobre assuntos diversos, até mesmo, as ocorrências do Parque como o uso massivo de Bikes e temas originados da leitura. Também aproveitam, quando surge uma folga, para ler e, portanto, se atualizar.


Por falta de uma infra-estrutura mais adequada, nos dias de chuva e de frio, o interesse cai porque, naturalmente, as pessoas preferem ler no aconchego de suas casas.
Na Aclimação, o projeto engatinha. Ainda é pouco procurado pelos jovens. Quem mais o faz são as crianças e os adultos. A freqüência é baixa. Na opinião de Lafayette, as pessoas vão ao Parque à procura mais do lazer físico, deixando a leitura, em segundo plano. Em uma biblioteca, o interesse parece ser maior pelo fato da pessoa ter uma melhor acomodação.

O projeto Bosque da Leitura aceita doações de periódicos e livros. Está disponível a todos que querem expandir o conhecimento de uma forma bem descontraída. Seja bem vindo!


Projeto "Bosque da Leitura"- Parques:
Ibirapuera
Piqueri
Carmo
Luz
Aclimação

Mais informações: www. prefeiturasp.gov.br

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Grupo Caixa de Imagens ensina a coragem de olhar para si mesmo com os olhos de Machado

À moda de Machado, o Grupo Caixa de Imagens apresenta uma intervenção inspirada no conto "O Espelho de Assis". É apresentada dentro da Caixa de Imagens e para um espectador por vez durante três minutos. A encenação fala da curiosidade, da coragem e da liberdade de olhar para si mesmo.


Local: Sesc Vila Mariana - Rua Pelotas, 141 - Vila Mariana- Praça de Eventos
Tel: 5080-3000

Data: 21 a 28 de Setembro
Idade: a partir dos 4 anos

Preço: Grátis




Milene Rolan